As duas dúvidas rubro-negras

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

. A primeira, começa exatamente pela camisa 1. Há uma unanimidade com relação ao momento ruim de Muralha e, uma enorme dúvida, com respeito a ser ele um goleiro do tamanho do Flamengo.

Particularmente, e já coloquei isto aqui, houve um grave erro na montagem do elenco para esta temporada. Com a saída de Paulo Victor, ficamos rigorosamente entregues nas mãos de Muralha e, como dizia minha avó Corina, “quem tem um, não tem nenhum”. Acho que na saída de Paulo Victor, ato contínuo, alguém deveria ter sido contratado. E, é bom não esquecer que houve um momento para tirar Cássio, do Corinthians. Este episódio me motivou a falar sobre a importância do “timing” no futebol, onde citei a sensibilidade de Francisco Horta ao contratar Roberto Rivelino. Cássio, insatisfeito com a reserva momentânea, estava doido para sair. Aquele era o momento. Agora, Inês é morta…

No gol, as dúvidas são muitas. Muralha deve ser barrado? Thiago segura esta barra? Alguém deve ser contratado? Enfim, são essas as dúvidas. A primeira, só quem convive com o jogador pode responder, até porque, só se conhece alguém profundamente, convivendo.

Zé Ricardo é que tem que definir qual seja o nosso maior risco. Escalar Muralha ou arriscar com Thiago. Se a cabeça de Muralha está boa, iria com ele. Se não, solucionado para o jogo de domingo está, até porque, como opção, só restaria escalar o jovem Thiago. Não tenho nada contra se arriscar com jogadores jovens, só que, desde que sejam muito acima da média, como um dia, com 17 anos, Júlio César virou titular e foi campeão da Copa dos Campeões Mundiais e da Copa de Ouro. O problema, é que, em qualidade, a diferença entre Júlio César de 95, e Thiago, de hoje, é enorme…

Sintetizando: Está mais do que na cara que o Flamengo precisa de um baita goleiro. Ponto!

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

. A segunda grande dúvida, é se Zé Ricardo deve continuar. Novamente, tenho que dizer que, só pode decidir isso quem está com a mão na massa, quem convive com os jogadores e com o treinador.

Certa vez, após me reunir com todos os jogadores, fui obrigado a demitir um treinador. Ficou claro que havia ele perdido não só o comando, mas também a confiança de todos.

Vejo este tema de forma bem simples. Se Zé Ricardo tiver perdido o “timão” do time, que assuma um interino e, que se procure um novo treinador. Se Zé Ricardo estiver com nervos e moral com a rapaziada em dia, só trocar, caso se encontre um treinador do tamanho do Flamengo, pois trocar de problema nada vai adiantar.

Ainda sobre Zé Ricardo, acho muito importante para quem decide ter a sensibilidade do que seja melhor para o Flamengo e, que isto detectado seja 100% respeitado. Exemplo: Eu, Kleber Leite, acho Márcio Araújo e Rafael Vaz jogadores aproveitáveis, úteis, porém, se tivesse que decidir, trataria de encontrar um clube para eles, pois, a minha sensibilidade rubro-negra diz que o “o Flamengo parou com eles…”