Hora de mostrar a cara

Cacau Cotta, Wallim Vasconcellos e Eduardo Bandeira (Foto: Divulgação)

Cacau Cotta, Wallim Vasconcellos e Eduardo Bandeira (Foto: Divulgação)

Muito obrigado a toda nossa família do blog pelas lindas e calorosas mensagens de solidariedade. Engraçado como, pelo convívio permanente e, provavelmente atraídos por uma extraordinária comum paixão, que é o Flamengo, acabamos nos tornando “amigos de infância”. E como isto é bom…

Mais uma vez, muitíssimo obrigado por “colos” tão queridos…

Hoje pela manhã bati um longo papo com Flávio Godinho que, como vocês sabem, está ao lado de Plínio Serpa Pinto tentando projetar o Flamengo para 2016. Na realidade, quero relatar para vocês, até por uma questão de sigilo necessário à nossa causa maior, o que disse a ele com relação ao que tenho de preocupação com respeito ao futuro.

O primeiro papo é filosófico e, para mim, definitivo. Futebol é para ser tocado da maneira mais pragmática possível. Pouca gente, gente competente e do ramo, e alguém que seja o responsável de fato e de direito. Baseado neste conceito filosófico, uma das perguntas formuladas aos candidatos foi no sentido de se saber de uma vez por todas o que cada um pensa a respeito do tal conselho gestor. Infelizmente, só dois candidatos responderam e, em função disso, até hoje não sabemos o que pensa Eduardo Bandeira de Mello. Há no ar um comentário de que Flavio Godinho poderia fazer uma dobradinha com Plínio, sendo um, vice-presidente, e o outro, diretor de futebol, caso vença a chapa azul. Não tenho nenhuma dúvida de que, com um, ou com o outro e, melhor ainda, com os dois, a coisa pode caminhar bem. Só há um detalhe: o temperamento dos dois é muito parecido. São empreendedores, realizadores, criativos, vencedores e líderes naturais. Os dois juntos, em tabelinha, difícil dar errado. Um ou outro, ou, os dois, com um conselho gestor decidindo, a chance de dar certo é zero. Acho que, neste formato com o poderoso conselho gestor, eles não topariam e, mesmo que topassem, pelo que conheço dos dois, lá não ficariam mais de um mês, até porque, nenhum deles tem temperamento para ser garoto de recado.

Enfim, tem o candidato Eduardo Bandeira de Mello uma oportunidade única de consolidar sua candidatura, anunciando, finalmente, um nome de peso, e do ramo, para comandar o futebol. Melhor ainda que, ao invés de um nome, pode ele anunciar antes das eleições, além do vice, o diretor de futebol e, quem sabe, pela velocidade com que estes dois trabalham, toda a estrutura do futebol, incluindo-se aí a comissão técnica e, claro, com o novo treinador. Isto feito, nesta eleição, seria o mesmo que se cobrar um pênalti sem goleiro… e ter a certeza de que, se o chute for para fora, o juiz manda cobrar de novo…

Isto não é difícil, mas há de se mostrar a cara e assumir um grande equívoco ao longo de três anos, que pode ser consertado com extrema facilidade. A bola está na marca do pênalti.