O mapa da mina

Os números, são impressionantes. Quando surgiu a ideia de se dar vida à Copa do Nordeste, houve, por conta de alguns presidentes de federações, uma certa dúvida com relação, primeiro à perda de poder político e, em segundo lugar, se a Copa do Nordeste cairia mesmo no gosto popular e, consequentemente, se seria um bom negócio para clubes e federações. Vou deixar vocês com os números, relativos apenas às federações, ou seja, ao faturamento líquido das federações da região, na Copa do Nordeste e nos seus respectivos campeonatos estaduais, neste ano de 2015.

Clipboard02Repararam bem? Para sintetizar, em 572 jogos válidos pelos campeonatos estaduais, o faturamento líquido das federações foi de R$1.248.980,00. Em 62 jogos pela Copa do Nordeste, as federações faturaram de forma líquida, R$1.756.524,00. Aí está a prova materializada de que o que o povo quer no futebol, além de emoção, é qualidade.

Já disse e repito que a Copa do Nordeste foi o início de uma profunda modificação no calendário Brasileiro. Lá, o torcedor do Bahia, por exemplo, já deixou claro que prefere ver um Bahia x Sport Recife, do que uma pelada pelo campeonato baiano. Esta febre vai pegar e, é questão de tempo, até porque, por exemplo, aqui no Rio de Janeiro, o torcedor do Flamengo vai preferir ver um Flamengo x Corinthians, pelo Rio-São Paulo, ou Flamengo x Tribimbim, pelo estadual? Nada contra os estaduais. Mantê-los é respeitar a cultura do futebol no nosso país, só que, de forma mais enxuta e inteligente.

Recriar o calendário é o primeiro passo para um novo futebol brasileiro. Na região nordeste, as próprias federações já entenderam o quão benéfica foi a evolução na qualidade dos jogos. Aí, ninguém perde. Todos ganham. Todos, inclusive, todos…