Insensibilidade, burrice e preguiça

Esta foto foi tirada um minuto antes da bola rolar no nosso jogo pela Libertadores. Maracanã com público de 60.000, quando na realidade, deveria ser superior a 70.000.

O enorme clarão visto na foto é reflexo de uma estúpida decisão de se proteger, desta forma, a torcida adversária.

Tive o trabalho de contar quantas pessoas estavam ali. Pouquinho mais de trinta. Aí, pensei cá com os meus botões: “por que não colocar estes torcedores da LDU em dois camarotes, com a devida proteção policial, aumentando em muito a arrecadação e tornando o visual do Maracanã compatível com a importância do jogo?”.

A conclusão é simples. Quem comanda o futebol no nosso continente – claro que há exceções – gosta do entorno, ou seja, do glamour, da notoriedade, das viagens, das festas, das mordomias – alguns, de “otras cositas más” – e, tem ojeriza pela bola e por quem a faz rolar.

Não li, nem ouvi até agora, ninguém, inclusive do Flamengo – o maior prejudicado, pois era o mandante – se manifestar a respeito.

Será que os dirigentes dos nossos clubes não conseguem entender que se não houver uma reação por parte deles, nada vai mudar?

Em que país europeu, em qualquer competição importante, é cometida uma barbaridade como esta da qual estamos falando?

O Barcelona recebeu os muitos torcedores do Lyon e não havia um único clarão em seu estádio. Aliás, não havia uma única cadeira que não estivesse ocupada. Na Alemanha, a mesma coisa.

O curioso é que os macacos de imitação da Conmebol só copiam o que não devem, como a final em jogo único, verdadeira barbaridade geográfica e econômica. O que é bom, eles sequer percebem.

Enfim, o futebol está sendo comandado por quem com ele nada tem a ver. O que aconteceu no Maracanã foi uma verdadeira vergonha.

Será que os dirigentes dos nossos clubes ainda não entenderam a necessidade de uma revolução pacífica?