O mundo da bola pós vírus

Neste momento, a resposta ao título deste post, de forma consciente, pode – e deve – ser respondida da seguinte forma:
É isso mesmo! Um enorme ponto de interrogação que consome o nosso sono e maltrata este momento que jamais imaginaríamos passar.

Alguns depoimentos que vemos na TV são construídos com doses cavalares de inconsequência, irresponsabilidade e absoluta falta de conhecimento de causa.

Afinal, como projetar o futuro se desconhecemos o presente?

Se não temos condições de testar, com segurança, a população, como imaginar uma estratégia de retorno à normalidade?

Como retornaríamos ao nosso dia a dia? Mantendo o enclausuramento dos mais velhos e liberando geral para os jovens irem à luta?

E os jovens que tenham sido infectados, mas assintomáticos, estão imunizados ou podem esparramar o vírus? A resposta é simples: ninguém sabe!!!!!!

Estamos lidando com um vírus desconhecido, volúvel, traiçoeiro que, a princípio, seria o terror dos mais velhos, mas que no Brasil se enfeitiçou, também, por garotinhas e garotões malhadores.

Ante tantas dúvidas e, sabedores de que o prazo mínimo para se construir uma vacina eficaz leva cinco anos – este é o recorde -, como é que se pode imaginar a vida voltando à normalidade em junho, inclusive com a bola rolando nos estádios?

Há quem defenda a tese de que poderíamos ter jogos sem público. Desta forma, não haveria aglomeração e, mesmo que parcialmente, tudo voltaria ao normal, com os jogos sendo vistos pela TV, fato que garantiria a sobrevivência dos clubes, que poderiam cumprir suas pesadas obrigações com seus jogadores. Será mesmo? A dúvida é pertinente, na medida em que a economia entra em colapso, o problema chegaria também às televisões, pois os anunciantes, em sua grande maioria, no perrengue também estariam…

Enfim, mesmo sendo um otimista de carteirinha, acho graça quando leio que os nossos dirigentes discutem se o retorno do futebol será ou não com os campeonatos estaduais. Como podem projetar, imaginar chegar à faculdade sem saber o Bê-a-bá? Não do futebol, mas da vida.

Amigos, não se iludam. Este vírus veio para modificar o mundo. Tudo terá que ser reajustado, revisto e, inevitavelmente, muitos ficarão pelo meio do caminho.

O mundo vai mudar e, claro, o futebol também. E vai doer…