O avião errado

O que seria da vida sem que se tivesse o direito de sonhar?

Claro que quanto mais alto o sonho, mais difícil será torná-lo realidade. Tudo vai depender do tamanho do seu sonho e, entre outras coisas, de inspiração, poder de persuasão e muita transpiração.

Leio que o vice de futebol, Marcos Braz, e seu diretor, Bruno Spindel, estão no avião rumo a Madrid, na tentativa de contratar o lateral esquerdo Filipe Luís.

Nada contra Filipe Luís. Só que, para esta posição, o Flamengo conta com Renê, considerado o melhor lateral esquerdo do último Campeonato Brasileiro e, Trauco, eleito pela CONMEBOL o melhor da Copa América nesta mesma posição.

Claro que nenhum dos dois engraxaria a chuteira do nosso Leovegildo, mas não estão distantes do futebol de Filipe Luís, já com idade avançada. No custo/benefício não me parece ser este um bom negócio.

Já me consideraram lunático e fora da realidade quando embarquei para Barcelona, para tentar contratar Romário, o melhor do mundo.

Portanto, não será surpresa se ao expor aqui o que penso, for novamente taxado de louco.

Seguinte: Marcos e Bruno pegaram o avião errado. O destino deveria ser Paris, e não Madrid, e a meta, Neymar, e não Filipe Luís.

A confusão na capital francesa está armada e de difícil solução.

  1. Neymar não quer mais jogar no PSG;
  2. Os franceses – vivo parte da minha vida lá – não suportam Neymar;
  3. O Barcelona quer Neymar de volta, mas só faz negócio colocando jogadores na parada;
  4. O dono do PSG, que tive o prazer de conhecer em Punta Del Este, não admite este tipo de negócio. Por uma questão de honra, só aceita negociar com o Barcelona, se o clube espanhol devolver os euros gastos quando da compra do jogador.

(Reprodução da internet)

Paralelo a isso, Neymar precisa jogar e o PSG precisa ter o seu “ativo” na vitrine.

Como dinheiro não é o problema do dono do PSG, (ele tem muuuuiiito!) tudo é possível, desde que bem encaminhado e, com lógica.

Sonhar não custa nada. E, se é para sonhar que se sonhe alto, da altura e tamanho do Flamengo.