(Foto: Ivan Storti / Santos)

Atirou no que viu e, também, acertou o que não viu

Quando ligo a TV e tenho conhecimento de que o Flamengo não desistiu do atacante Bruno Henrique, do Santos, fica em mim a clara certeza de que o nosso pessoal está pensando grande, pensando de acordo com o tamanho do Flamengo.

Bruno Henrique é um fenômeno? Claro que não. Aliás, fenômeno, excetuando-se Messi, não há, neste momento, nenhum no futebol mundial.

A leitura correta para a contratação de Bruno Henrique deve ser feita no objetivo rubro-negro em conquistas maiores, como Libertadores e o Mundial de Clubes. Para se chegar lá, não basta ter um baita time. Para se chegar a este ponto, um grande elenco é necessário, pois o calendário é duro.

Em síntese, quando se pensa grande, mirando o objetivo maior, algumas voltas olímpicas acabam acontecendo no meio do caminho. Como diria um grande amigo argentino, “me explico”?

Muito obrigado a esta nova direção rubro-negra, pela delicadeza de convidar todos os ex-presidentes para que assistam, juntos, no camarote do clube, a estreia do nosso time no Campeonato Carioca.

Tomara que também tenham convidado o Delair que, embora não tenha sido um presidente eleito, pelo seu esforço em momento tão delicado, merece o nosso respeito e reconhecimento.

Aliás, a retirada do retrato de Delair Dumbrosck da sala Moreira Leite, que abriga a galeria dos presidentes, foi uma das mais mesquinhas atitudes em toda nossa história.

Enfim, é isso mesmo. Como sempre definiu o filósofo Doalcei Camargo, “o ser humano é um grande filho da puta. Há exceções.”