222, 221,504 e 540. Que domingo!!!

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Como os “gênios” que comandam o nosso futebol não tiveram a sensibilidade de atentar para o momento político pela qual o país passava, tome de futebol num domingo em que o único jogo programado deveria ser em Brasília e, nada a ver com o nobre esporte bretão…

Então foi aquele “se vira nos 30”, para quem, como brasileiro, faz questão de acompanhar este momento decisivo na política e, como rubro-negro, o sagrado dever e prazer, de acompanhar a sublime paixão de vida e, quando possível, dar uma olhadela no clássico entre Vasco e Fluminense.

Aí meu amigo, o jeito é ser craque na arte de “zapear”…

Controle remoto permanentemente na mão e, tendo como base o canal 222 (Flamengo x Bangu), a toda hora, ou seja, a cada lateral, paralisação por contusão, parada técnica etc… direto para ver como as coisas caminhavam em Brasília. Aí, tome de 504 (Globo) e 540 (Globonews) e, quando dava, uma olhadela na decisão da Taça Guanabara (221).

Como nada é perfeito, nesta loucura “zapeativa”, acabei perdendo o segundo gol do Flamengo, que acabei vendo depois. Apesar dos 3 a 0, fica uma sensação de que alguma coisa está faltando. Apesar da fragilidade do time do Bangu, não tomamos gol por milagre…

Embora não seja um jogador luminoso, Marcelo Cirino vem sendo o atacante mais positivo do time, tanto é que é o artilheiro rubro-negro. Guerrero, nos dois últimos jogos, contou com dois erros grosseiros dos adversários. No penúltimo, do goleiro, e ontem, do zagueiro. Continua devendo…

Agora, o Vasco, de novo, na semifinal, e com a vantagem do empate. No meio de semana, Copa do Brasil, e precisando ganhar. Semana complicada…

De positivo, o retrospecto histórico, em que as grandes vitórias aconteceram em meio a momentos difíceis e complicados. No Flamengo, sempre tudo foi mais sofrido. Talvez, por isso, a conquista seja sempre mais gostosa…

A segunda-feira foi de uma avalanche de comentários sobre a reunião de ontem na Câmara dos Deputados. Hoje, o jornal O Globo deu um show, com um leque de comentaristas cada um melhor do que o outro. Nas redes sociais, na televisão e no rádio, muitas observações com relação à postura de alguns deputados, que teriam escorregado na elegância e no português. Não vou aqui entrar no mérito político, até porque este não é o propósito deste blog, onde o respeito à opinião é sagrado, e a educação na hora de discordar, obrigatória.

O que quero dizer, é que em um momento como o de ontem, com a emoção no ar, a forma passa a ser relativa, levando-se em conta a importância do conteúdo. Ao contrário de alguns que consideraram o que vimos um circo, consegui perceber emoção sincera em muitos dos deputados, até mesmo em alguns em desacordo com a língua pátria, mas falando com o coração, inclusive alguns, cujo conteúdo das mensagens fosse inteiramente em desacordo com o que penso. Mesmo pensando diferente, senti por parte deles sinceridade no que acreditavam e diziam. Às vezes, acho que os críticos esquecem que tudo que emana do povo, é reflexo do próprio povo. Como exigir comportamento e linguajar de príncipes e princesas, como se os nossos representantes tivessem formação da Sorbonne?

Companheiros, estamos no Brasil. Antes que alguém pense que não imagino um povo mais politizado e culto, claro que penso e sonho. Bem, mas aí já é outro papo…