Azar ou má fé?

Alecsandro comemora com Léo Moura. (Foto: Agência Estado)

Alecsandro abraça Léo Moura. (Foto: Agência Estado)

Com os jogos de meio de semana, no topo da polêmica o assunto arbitragem, em que o Flamengo sofre a acusação de ser sempre beneficiado, e o desabafo de Emerson Sheik, esbravejando contra a CBF, ganhando destaque no noticiário esportivo.

Para aqueles que acusam o Flamengo de ser favorecido pelas arbitragens, sugiro, para minimizar a possibilidade de ser uma crítica irresponsável, que façam um retrospecto dos jogos do rubro-negro neste Campeonato Brasileiro. O resultado, antecipo, será muito semelhante ao teor da reportagem com o presidente Eduardo Bandeira de Mello, quando foram enumerados os jogos em que o Flamengo sofreu prejuízo. Resumo da ópera: No fundo é uma pela outra, em um jogo o clube é beneficiado e no outro prejudicado.

O nível das arbitragens pode não estar sendo o ideal, porém chamo a atenção para dois detalhes: o primeiro é que a época da “armação”, quando se corrompiam alguns árbitros, felizmente é coisa do passado. Já houve de tudo, até aliciamento no intervalo de jogo. Isto mudou. O nível, principalmente moral, é outro. O segundo ponto faz referência aos erros que até bem pouco tempo não eram percebidos, pois agora, com até 30 câmeras na transmissão de um jogo, não há detalhe que escape e os equívocos da arbitragem aparecem muito mais.

(Foto: Staff Images)

Sheik esbraveja contra a CBF. (Foto: Staff Images)

Com relação ao Sheik, por quem tenho carinho, respeito e gratidão, o seu desabafo não foi dos mais felizes. A CBF não mistura política, ou interesses, com arbitragem. Há lá um departamento completamente independente, exatamente para que os árbitros não sofram qualquer tipo de pressão. Se o departamento de árbitros está ou não sendo competente no desenvolvimento do seu trabalho, são outros quinhentos. Por isso achei que o nosso bravo Sheik exagerou no seu desabafo.