📸 Gilvan de Souza /CRF

Namoro com a tragédia

Flamengo 2 x 1 Estudiantes (ARG)

Incrível como, em um jogo em que o placar foi aberto aos 16 segundos e, antes dos dez minutos, já estava em 2 a 0, o torcedor rubro-negro tenha perdido a paciência, ante muitos gols desperdiçados, jogo cadenciado, com preciosismo além da conta.
Se, para o Estudiantes, perder por dois gols de diferença já estava bom, achar um golzinho no final foi bilhete premiado.

Há uma diferença gritante entre Filipe Luís e Jorge Jesus. Filipe, que se espelha no doce portuga, já deveria ter assimilado que postura de treinador funciona como mensagem para os jogadores. Pode ser que esteja sendo exigente demais, porém, achei nosso treinador passivo, se deixando levar e não esbravejando contra a cadência professoral do time, afinal, o que vale no futebol é bola na rede. “Firulamos” e perdemos, pelo menos, quatro gols feitos no primeiro tempo.

Paralelo a tudo isso, o árbitro colombiano foi profundamente equivocado na expulsão de Plata.
Impressionante a incompetência dos responsáveis pelo VAR, que não corrigiram o equívoco da arbitragem.

Como dizia João Saldanha, o gênio do pragmatismo: “O jogo é mole, mas primeiro tem que jogar.”
Noite de vitória e, ao mesmo tempo, de frustração, somada à preocupação pelo que pode ocorrer no jogo da volta.
Se jogarmos com 50% da seriedade necessária, dá para ganhar. E bem.

Que tenha servido de lição.