O pessoal do Cruzeiro não brincou em serviço. O presidente da Raposa, já nas primeiras horas da manhã, desembarcou em Assunção, onde na sede da Conmebol pôde colocar de maneira clara e objetiva o motivo de sua visita.
Disse ele que o prejuízo causado pela arbitragem no jogo de ida contra o Boca não havia como ser reparado, já que não há como se modificar o resultado da partida.
Em síntese, o motivo da visita não era para falar sobre o passado e sim, sobre o futuro. O injusto, absurdo e cretino cartão vermelho alija Dedé para o jogo da volta em Belo Horizonte, o que quer dizer que o Cruzeiro e o jogador serão novamente punidos, sem que nada tenham feito para merecer grosseira e ridícula punição.
O discurso é perfeito e justo e, ante tamanha barbaridade, imagino que a Conmebol – até baseada em alguns casos parecidos – deva promover o julgamento de Dedé o mais rápido possível e, certamente absolvido, duas canetadas. A primeira liberando o zagueiro cruzeirense para o segundo jogo contra o Boca e, a segunda, determinar um tratamento psicológico para o árbitro durante os próximos vinte anos.
E, sem direito, enquanto perdurar o tratamento, de passar perto de um campo de futebol.
Quando dirigentes de Cruzeiro e quase todos os outros votaram lá atrás pela continuidade de Del Nero, que colocou nosso querido Coronel Lima na presidência da cbf, não pensaram nas consequências. Pois é, cada escolha, uma renúncia.