Rubro-negros no divã

Quando as cabecinhas ficam confusas, para muita gente o divã de quem saiba escutar e procurar entender, cai do céu…
Não chegaria ao ponto de afirmar que nossas cabeças andam confusas, mas arriscaria dizer que andam preocupadas. E o que nos preocupa?

Bom, para começar, ainda não deu para entender como começamos um jogo em um 4-2-4, contra o adversário que mais gols havia feito no campeonato.
Entramos em campo com apenas dois jogadores de meio: Diego e Gerson.
Vitinho, Muniz, Bruno Henrique e Michael são atacantes de ofício. Por favor, sem essa de dizer que Michael e Vitinho podem compor o meio. Não compuseram e não comporão nunca. Quando se pega um time galinha morta, tudo bem, mas jogar contra uma equipe que sabe tocar, é rápida e agride, aí é dar muita sopa para o azar…
Deveríamos ter entrado com João Gomes, saindo Michael ou Vitinho. A outra alternativa era entrar com um zagueiro, passando Arão para o meio.
Que tenha servido de lição.

Para quem não sabe, fomos salvos pelo gongo. Muniz estava negociado com um clube belga. Tudo acertado. Na hora H, ante as ausências de Gabigol e Pedro, nosso presidente teve a feliz intuição de não assinar o documento.
Se Muniz é tudo isso, ainda é muito cedo para arriscar. Agora, que vem quebrando um galho, não há a menor dúvida.

Por falar em Pedro, a guerra continua. O Flamengo, no seu direito, afirmando que não cederá o jogador para os Jogos Olímpicos e, a CBF mantendo a convocação. Claro que a opinião do jogador pesa e aí reside a esperança da CBF, mas o que o Flamengo vem sofrendo com esta debandada em função das mais variadas convocações é profundamente injusto.
E querem saber? Muniz tem muito mais cara de Olimpíada do que Pedro…
Quem sabe seja esta uma boa saída?

E Gerson indo embora, quem virá? Até agora, três nomes foram ventilados, pela ordem: Renato Augusto, ainda com contrato em vigor na China; Paulinho, que ontem deu adeus ao futebol chinês; e, agora, o ex-jogador do São Paulo, atualmente na França, Thiago Mendes.
Talvez seja esta para quem irá chegar a mais difícil tarefa rubro-negra, pois sempre a comparação com o melhor armador brasileiro será inevitável. Sem medo de errar diria que, neste momento, não há substituto para Gerson. Acho que a nova composição para dar certo, obrigatoriamente, passará pela criatividade do nosso treinador.
Vamos torcer.