Gostaria de confessar, para início de conversa, que inúmeras vezes na função de repórter de campo, normalmente atrás do gol, deixava o jogo de lado, virava as costas para a bola rolando e babava vendo o maior espetáculo da terra, que vinha da arquibancada, à esquerda das cabines de rádio no velho Maracanã. Foram tantas as vezes que a emoção falou mais alto que perdi a conta. Em alguns momentos conseguia fazer com que esse sentimento parasse na garganta. Em outros, capitulei e chorei mesmo. Ontem, de novo, vendo aquela energia indescritível saindo da arquibancada, invadindo o campo e empurrando o time, deixei a emoção me levar. Aliás, quando se chega a um determinado ponto na vida, este é o tipo de briga que não mais vale a pena. É melhor deixar a emoção rolar e chorar…