(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

A preocupante falta de sintonia entre a torcida e o treinador

O papo pós jogo varou a madrugada. Saímos do FLASHBACK quase duas e meia da madrugada, ainda sob o impacto do nosso resultado adverso.

No despertar e, se estendeu ao longo do dia, a constatação, por meio dos inúmeros comentários no blog, da quase unânime repulsa dos torcedores ao trabalho realizado por Abel Braga.

A crítica mais contundente e, sou obrigado a reconhecer que é pertinente, diz respeito a estratégia na postura do time. Éverton Ribeiro, que joga pelo lado direito do campo, foi escalado na esquerda. Bruno Henrique, que rende bem pela esquerda, foi centralizado e, Gabigol que, em tese, é o nosso centroavante, assumiu a ponta-direita. Convenhamos, uma salada que tinha tudo para não dar certo. E, não deu.

A notícia que me causa espanto é a de que, por decisão exclusiva, isolada, de Abel Braga, não haverá concentração para o jogo de estreia no Campeonato Brasileiro. Neste sábado, dia da partida, a apresentação será na hora do almoço.

Por todos os motivos do mundo, sendo que o principal é o da certeza de que, desgastados pelo calendário maluco, os jogadores estão se recuperando, descansando e se alimentando bem, esta decisão é mais um equívoco flagrante.

Aí eu pergunto: Caramba, será que ninguém tem ascendência, autoridade, para provocar um debate com o treinador?

Há decisões que competem exclusivamente a ele. Exemplo? Escalar Pará ou Rodinei. Agora, há decisões que são institucionais, como escalar o time titular ou o reserva, bem como abolir a concentração.

Tudo na vida tem limite, inclusive a autoridade do treinador. Tenho a clara sensação de que os nossos dirigentes não estão ocupando o espaço que deles se espera.


 

Para encerrar. O Vasco, segundo estou informado, vendeu seu mando de campo, já nesta terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo contra o Corinthians – que seria em São Januário – será realizado em Manaus.

Pergunto: para o Corinthians, é melhor jogar com o Vasco em São Januário ou, fora do Rio de Janeiro?

Sem precisar responder, já que a resposta é óbvia, volto a alertar que este tipo de “venda” pode representar um enorme favorecimento técnico ao final do campeonato e, estimular quem tenha dinheiro em caixa a sair por aí comprando mandos e somando preciosos pontinhos no mais importante campeonato nacional.

Urge que a CBF proíba definitivamente está aberração que não cheira bem…