Vinicius Rodeio

Azareio e maré ruim andam de mãos dadas

Longe da nossa cidade, recebo a informação do bravo Robert Rodrigues, botafoguense rindo de orelha a orelha que, no sorteio para apontar onde será o segundo jogo da finalíssima da Copa do Brasil, deu “azareio”, isto é, tivemos azar e o jogo decisivo será no Morumbi.

Claro que, entre dez torcedores pesquisados, onze irão dizer que preferem decidir em casa. Isto é mais ou menos parecido com quem, na cobrança por pênaltis, bate primeiro. Já repararam que quando ocorre este tipo de decisão, todos querem bater primeiro? Pois é. O nome disso é pesquisa. Quem bate o pênalti primeiro tem 60% de possibilidade de vitória. O mesmo ocorre com quem decide em casa. Os pesquisadores apontam números parecidos com a da cobrança por pênaltis.

O sorteio foi ruim, porém, não é fim do mundo. No nosso caso, muito pior que o “azareio” é constatar que não temos nenhum padrão de jogo, que o semblante dos jogadores é de tristeza, e que a individualidade é o que pode nos salvar.

Entendo que seja necessária uma profunda reformulação no futebol do Flamengo, só que, da forma mais pragmática possível, afirmo que isto pode ficar para depois da Copa do Brasil. Temos que concentrar toda nossa energia neste objetivo e, como entendo que com este treinador não vamos sair de onde estamos, torço para que haja imediata modificação no Comando Técnico. Se com um treinador experiente, como Mano Menezes ou Tite ou, se com uma atitude mais ousada, como Filipe Luís, isto é com quem tem a caneta na mão. Qualquer das opções trará um mínimo de esperança e mudará o ambiente.  Ficar como está é se resignar em ir para o matadouro no Morumbi.

O momento rubro-negro pede coragem.