(Reprodução / TV Globo)

Seu Nonô

De repente o celular começa a disparar com sucessivas mensagens. Sempre que isto ocorre fica a sensação clara de que algo importante aconteceu e, desta vez não foi diferente.

Faleceu Sérgio Noronha, querido companheiro de tantas jornadas. Com ele tive o prazer de conviver nas Rádios Globo e Tupi, por muitíssimos anos, mundo afora.

O apelido – SEU NONÔ – tenho dúvidas até hoje sobre quem tenha sido o criador, porém, com certeza, foi Jorge Curi, o locutor padrão do Rádio Brasileiro, quem pela primeira vez tornou público, ao convocar seu comentarista na transmissão. Após a vinheta musicada, marca registrada da Rádio Globo, Curi emendou: “Fala seu Nonô”… e, a partir daí Sérgio Noronha deu lugar a “Seu Nonô”.

De uma cultura geral invejável, brilhou também como colunista nas páginas dos principais jornais cariocas, além de passagem marcante  na Rede Globo de Televisão.

Extremamente educado, paciente, bom ouvinte, pragmático, Seu Nonô era o nosso conselheiro para os problemas profissionais e pessoais. Um companheirão, querido por todos. Verdadeira unanimidade nos itens caráter, companheirismo, solidariedade e amizade.

Recentemente, havia combinado com meu amigo Radamés  Lattari fazer uma visita a seu Nonô, no Retiro dos Artistas, onde estava morando, por obra e graça do querido amigo Arnaldo César Coelho. Infelizmente, um rompimento de tendão patelar, resultando em cirurgia, acabou impedindo a nossa visita que seria o nosso adeus ou, o nosso até breve, ao querido e inesquecível amigo.

Descanse em paz Seu Nonô. Você foi um craque, na pena, na latinha, na ternura  e na amizade.