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Parando para pensar

Em uma rápida análise dos últimos resultados dos campeonatos estaduais, e do retorno pós Copa da Seleção Brasileira, não há como se deixar de concluir que algo estranho e preocupante esteja ocorrendo.

Vamos começar pelo Sul.
Campeonato Gaúcho: por um triz a decisão deixou de ter os pretendentes naturais ao título. O Grêmio se safou nos pênaltis e, Deus sabe como…
O Inter não teve a mesma sorte e dançou.
O incrível é que os jogos foram absolutamente nivelados. A pergunta que servirá mais adiante, também para Rio, São Paulo e Minas: os pequenos evoluíram ou, os grandes desaprenderam?

No Rio, o Botafogo fora da semifinal. Em São Paulo, pior ainda. Dos quatro grandes clubes, só o Palmeiras conseguiu chegar às semifinais. Corinthians, São Paulo e Santos, ou seja, três quartos da grandeza paulista, no buraco…

E a Seleção Brasileira, hein? Sem essa de que a seleção marroquina foi bem na Copa, ou que a falta da definição de treinador explique a única derrota de uma seleção sul-americana para a Marroquina.
Aqui, pode até ser que a pergunta feita lá atrás não seja pertinente, pois houve uma evolução flagrante no futebol em Marrocos. O que não se deve deixar de também concluir é que na mesma proporção houve uma involução do futebol brasileiro.

Pergunta rápida: aponte um jogador espetacular, que seja brasileiro? E não precisa ser gênio. Vinicius Júnior? Talvez. E quem mais?
Não vou me aprofundar, até por respeito profissional, mas que diabo de convocação foi essa?
Há casos de jogadores sem a menor possibilidade de vestir a “amarelinha”, mesmo nesta safra que carece de qualidade.
Galvão Bueno, Zico e Casão passaram o jogo todo e, com razão, pedindo um centroavante. E Pedro, ainda jovem e com vocação para empurrar a bola para dentro, estava no Rio. Piada…

Em síntese, o momento é preocupante em todos os aspectos. E, como diriam os não tão jovens, “pelo pique da remada” o ainda garoto Mbappé e seus companheiros franceses irão reinar por um bom tempo…
E, em homenagem ao saudoso narrador Orlando Baptista, “quem viver, verá!”